sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Chipas, frutas e café da manhã

O Paraguai é um país de seis milhões de habiantes sem saída par

O Paraguai é um país de seis milhões de habitantes sem saída para o mar, onde mais de um milhão de pessoas vivem em pobreza extrema, com renda inferior a US$ 1 por dia. Em um estudo recente das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o país foi classificado como sétimo, entre 139 países, com maior desigualdade social: cerca de 500 famílias possuem 90% das terras. A mecanização da produção agrícola e a pobreza no campo incidiu na diminuição da população rural nos últimos vinte anos, que passou de 67% para 30%.

A migração interna significou um deslocamento da pobreza para as cidades, principalmente para a capital. Dados oficiais afirmam que o desemprego atinge cerca de 10% da população economicamente ativa, mas aproximadamente um quarto destas pessoas tem empregos informais.

Percorrendo as ruas de Assunção fica fácil verificar esses dados. As calçadas, muito mal cuidadas, são cheia de vendedores ambulantes de balas, refrigerante, bolsas falsificadas, óculos, relógios, artesanato indígena.

Há também diversos vendedores de chipa, os tradicionais bolinhos paraguaios de milho. E ambulantes mais jovens que percorrem os ônibus com cestas de frutas, como pêras, pêssego e ameixas.

A economia informal não se limita só às nossas impressões. De acordo com dados do Banco Central do Paraguai, a balança comercial anual do país segue desfavorável consecutivamente desde 1990. Em 2008, as importações superaram as exportações em US$ 946 milhões. A indústria é incipiente e fraca. Os produtos importados lotam as prateleiras dos supermercados. A mesa do café da manhã, por exemplo, é bem brasileira. Achocolatado, café e margarina, todos made in Brasil.

Um comentário:

  1. "Em 2008, as importações superaram as importações em US$ 946 milhões." No último parágrafo. Acho que as importações superaram as exportações, e tal.

    ResponderExcluir