terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Um país movido a tereré

Impossível falar em Paraguai e não falar em tereré. Assim como é impossível visitar o país e não tomá-lo. A bebida gelada, feita com a infusão da erva-mate (nome científico: Ilex Paraguariensis), está por todos os lados. No meio das manifestações, nas mesas dos ministérios, entre os policiais nas ruas.

O kit básico da bebida é composto tradicionalmente pela guampa, o recipiente usado para servir o tereré; a bomba, utilizada para filtrar a infusão; e a garrafa térmica, para manter a água gelada. Não se surpreenda se, quando estiver andando de ônibus, o motorista encostar perto de algum bar no meio do caminho e pedir para repor a água de sua garrafa.

O kit e as ervas podem ser comprados em lojas ou de vendedores ambulantes. A decoração segue o estilo do freguês. São diversos modelos, tamanhos e cores, que variam de brasões de times de futebol a nomes bordados. É comum encontrar nas calçadas pessoas, chamadas yuyeras, vendendo ervas frescas.

Passeando pelas cidades à noite, especialmente no interior, você vai encontrar diversas rodas de familiares e amigos sentados do lado de fora das casas - assistindo televisão (pela janela) ou apenas conversando - passando a guampa de mão em mão.

Se você estiver no Paraguai, provavelmente será convidado para uma roda de tereré. Mas preste atenção, a roda é praticamente um ritual e algumas regras devem ser consideradas, principalmente se você quiser ser convidado para a próxima:

1 - Não "cuspa" o tereré;
2 - Não mexa na bomba;
3 - Nunca coloque açúcar no tereré;
4 - Não diga que o tereré é anti-higiênico;
5 - Não deixe um tereré pela metade;
6 - Não se envergonhe do "ronco" no fim do tereré;
7 - Jamais chame uma guampa de cuia;
8 - Não altere a ordem em que o tereré é servido;
9 - Não demore com a guampa na mão.

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